"Relaciono-me comigo no éter de uma palavra que me é sempre soprada e que me furta exatamente aquilo com que me põe em contato"
"O logos nada é fora da história e do ser, uma vez que é discurso, discursividade infinita e não infinidade atual; e uma vez que é sentido. Ora a irrealidade ou idealidade do sentido foi descoberta pela fenomenologia como as suas próprias premissas (...) Nenhuma história como tradição de si e nenhum ser teriam sentido sem o logos que é o sentido projetando-se e proferindo-se a si próprio"
"Husserl sempre acentuou a sua aversão pelo debate, pelo dilema, pela aporia, isto é, pela reflexão sobre o modo alternativo em que o filósofo, no termo de uma deliberação, pretende concluir, isto é, fechar a questão, parar a expectativa ou o olhar numa opção, numa decisão, numa solução"
"Esta superpotência como vida do significante produz-se na inquietação e na errância da linguagem sempre mais rica que o saber, tendo sempre movimento para ir mais longe do que a certeza pacífica e sendentária
"O livro, semelhante a um 'quadro em movimento', só se descobre por fragmentos sucessivos"
"No escritor o pensamento não dirige a linguagem do lado de fora: o escritor é ele próprio como um novo idioma que se constrói"
"O sonhador inventa sua própria gramática"
*Jacques Derrida in "A escritura e a diferença". Ed. Perspectiva. SP. 2005.
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