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Chuva lá fora*



Que delícia dormir e acordar com a chuva lá fora! Cheiro de mato entra pela fresta da janela. O barulho da chuva acalenta e nina. A cama fica mais fresca e a serenidade traz um bem estar natural.

Na noite as luzes da rua ficam tênues, pois a neblina acende a poesia da alma e as memórias do coração. Os pingos a escorrer na vidraça são lágrimas de alegrias de tristezas. Uma leve nostalgia promove um clima retrô, vintage. O tango tocado entre velas acesas enche a taça de vinho de gozo .

Na manhã a chuva convida a preguiça entre os lençóis. O café sobre a bandeja com a toalha de renda e o pão de queijo quentinho lambuzado de geleia de jabuticaba, convida ao espreguiçar do renascer e ler a revista do jornal sem pressa. Por que chove lá fora e a alma agradece a paz do amanhecer.

Chuva criadeira em águas de março realmente é promessa de vida no coração.

Apreciar e contemplar a natureza acende o percepcionar, os sentidos se aguçam e o viver se torna encantado.

Coisas simples dão significado intenso ao viver. Chove lá fora. Só isto!

*Dra RosângelaRossi
Psicoterapeuta. Escritora. Filósofa Clínica. Livre Pensadora.
Juiz de Fora/MG

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