Pular para o conteúdo principal

Fragmentos Filosóficos, Delirantes*


"O pensamento só é interessante quando é perigoso. Perigoso para a opinião consagrada e ronronante que serve de fundamento a todos esses 'pareceres especialistas' em que se refestela o poder"

"São cada vez mais numerosos os que nada têm a dizer e o dizem em voz alta"

"Num momento em que predomina o nomadismo existencial, a divagação intelectual deve oferecer resposta, como num eco. Antes a pergunta que a solução. A precaução, supostamente científica, deve dar lugar à audácia das ideias"

"Já não se trata de ser um adulto sério e tensionado para a perfeição de um 'estado' estável, mas, pelo contrário, uma eterna criança, sempre em devir e ávida pelo que se apresenta"

"O sentido para a pessoa é fornecido pela pluralidade das máscaras que a constituem, e pelo contexto no qual suas diversas máscaras poderão expressar-se"

"(...) Essa polissemia repousa no fato de que o arquétipo é 'pré-substantivo'. O ator não é sujeito nem substância estável. Está em perpétuo devir. Está sempre em busca do outro si mesmo"

"Já que Dionísio é, como sabemos, um deus com cem nomes. Não poderia haver melhor metáfora da pluralidade no seio de cada um de nós"

"Fazer o pensamento reverdecer. Tratar de reanimá-lo, com constância, e também com audácia, mantendo o contato com a vida. O que leva a relativizar a ciência. A fazer com que ela não se leve a sério. Pois a ciência não deixa de ser ciência a partir do momento em que se torna uma regra dogmática que não podemos transgredir ?"

*Michel Maffesoli in "O ritmo da vida". Ed. Record. RJ. 2007.

Comentários

Visitas