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NÃO ENTENDEU, NÃO SENTIU E NÃO APROVEITOU Ildo Meyer Médico e Filósofo Clínico Porto Alegre/RS Acredito que o problema todo esta em pensarmos demais. Falando em pensar, imaginei como seria na época das cavernas. De repente bate uma saudade enorme de ti, daquela nossa época de estudantes, logo que nos conhecemos. Lembrando dos ferormônios explodindo por todos os poros e aproveitando os que ainda restam, sairia a tua procura, como um caçador. Não importariam os perigos que teria de enfrentar, precisava matar o desejo, a saudade, liberar os fluidos, sentir de novo o teu gosto, comer a tua presença. O motivo pelo qual haviamos nos afastado não importava mais, o desejo seria o mestre. O meu é claro, pois sou um homem das cavernas e tu serias a fiel repres
A ética centrada no outro Rosângela Rossi Juiz de Fora/MG Admiro o pensamento do filósofo Emmanuel Levinas e vocês vão gostar também. Emmanuel Lévinas, um sagitariano parisiense foi bastante influenciado pela fenomenologia de Edmund Husserl, de quem foi tradutor, e também pelas obras de Martin Heidegger e Franz Rosenzweig. . É no face-a-face humano que se irrompe todo sentido. Diante do rosto do Outro, o sujeito se descobre responsável e lhe vem à Idéia o Infinito. Para Levinas, a moralidade significa pensar nos outros. Nossas responsabilidades para com os outros nascem da própria existências deles. Os outros existem! Reconhecer o Outro, fora de nós mesmos e tomar consciência de que ele merece nossa consideração é um ato moral. “Levinas exorta o ser humano a concretizar todo o seu potencial moral através da compreensão de que a própria existência de outros seres humanos nos impõe obrigações morais inescapáveis”. Lendo Levinas, me coloco a pensar como é importante servir
Ser Filósofo Mônica Aiub Filósofa Clínica São Paulo/SP Durante o curso de Graduação em Filosofia, aprendi que me dizer filósofa seria um ato herético, somente os grandes mestres, criadores de sistemas academicamente reconhecidos, com livros e livros publicados e aceitos pelas comunidades acadêmicas é que teriam direito ao uso de tal nome. Sentia-me constrangida quando alguém perguntava: “Você é filósofa?” E eu respondia: “Não”, ao que imediatamente se seguia: “Mas você não fez uma faculdade de Filosofia?”, e eu me colocava a explicar como poderia eu ter feito uma faculdade de Filosofia, ser professora de Filosofia e não ser uma filósofa. E de fato não era, na medida em que também vivia num mundo cristalizado, com certezas prontas, com medidas exatas e meu questionamento crítico era tão crítico quanto o de uma consciência alienada às idéias prontas, só que idéias prontas de grandes mestres, que talvez se revirassem no túmulo por terem suas idéias repetidas como lições atempora
A imprevisível dinâmica da vida Cassiano Veronese Goiânia/GO Neste domingo encontrei uns amigos, numa rápida passagem, e logo depois, lavando roupas, fiquei lembrando das cenas que se passaram. Os estímulos lingüísticos, corporais, axiomáticos e outros, vindos em minha direção... quando, lentamente, passei a geri-los, trabalhando-os em meu interior (refletindo-os), buscando encontrar uma relação, reação ou desfecho à altura para a situação. Parecia cena de cinema. Minha intencionalidade livre, era que as coisas continuassem em paz. Enquanto torcia a coberta me deslocava às imagens, à ação do encontro, e às reações que eu tomava após cada intervenção do amigo. Meditava por esses dias sobre as conseqüências da ação sob duas hipóteses: quando decidimos, agimos, escolhemos, em observação a juízos autogênicos, (contextualizados em intenção, circunstâncias, tempo, espaço, relação – Categorias – Filosofia Clínica), ou quando a ação ocorre por
QUALIDADE DE VIDA NUNCA É PERFEITA Ildo Meyer Médico e Filósofo Clínico Porto Alegre/RS Férias, verão, sol e mar. Um mês inteirinho na praia. Descanso mais do que merecido para João e Maria, depois de onze meses de trabalho duro, estressante, com inicio às oito da manhã e sem hora pra terminar. Serão trinta dias destinados exclusivamente para relaxar e recuperar energias. O relógio vai ser esquecido no fundo de alguma gaveta e o único compromisso será curtir as férias e voltar ao trabalho com a pele cor de chocolate. O casal bem que tentou escapar da rotina, mas não tem jeito, ela pegou carona e se estabeleceu na sombra do guarda-sol, pois João e Maria queriam mesmo é se bronzear. Trinta minutos de frente, outros tantos de costas, uma cervejinha pra refrescar, frescobol, outra cervejinha, peixinho frito com gordura trans, mergulho, outra sessão de bronz
Um instante apenas Rosângela Rossi Juiz de Fora/MG Basta um instante apenas para tudo acender ou apagar. Para amar ou odiar. Ou quem sabe pensar bem e feliz ser. Escolhemos o tempo todo, em cada instante, mesmo que não pensemos nisso. Viver já é pura escolha. Até não escolher é escolher. Não podemos nos enganar que os outros nos comandam. Nós é que nos deixamos ser comandados por escolhas. Num instante mudamos nosso destino. Que bela magia fazemos. Somos todos feiticeiros e nem percebemos que fazemos milagres constantemente. Esperamos o céu e já estamos nele, neste instante. E ficamos assim iludidos que será no depois ou no amanhã o paraíso. No agora as estrelas brilham e a lua altiva nos convida a olhar para ela. Desejamos. E se deseja o que não se tem neste instante. O desejado está dentro do pensamento a esperar, esperar... E o instante, no instante instantâneo espera. Espera sem fim. Ansiedade inútil no perder a vida que passa num insta
Coragem invisível Idalina Krause Filósofa Clínica Porto Alegre/RS Teu café passado, teu toque profundo, teu molho vermelho e esse cheiro que apazigua tudo e mantém minha vida em pedras e mel que nunca deixas faltar. Se as flores morrem, dois meses depois renascem. Morrem novamente, para me obrigar a nunca esquecer. O que consertas não é meu coração, mas tudo o que está pelo caminho para estraçalhar meu corpo ainda mais. Com teu conserto, balde de gelo e champanhe, o que resta inteiro vislumbra, ainda que sob uma pilha de trabalhos a serem desbravados valentemente em pleno recesso, alguma possibilidade de gozo. Esse que desaparece no excessivo responder a cento e setenta no triturar insano de uma máquina que se diz instituição. Algo impossível para teus bem sucedidos arranjos e curadoras operações. Não fosse essa incurável vontade de fazer arte, tudo seria mais simples. E as forças dionisíacas se contentariam com espumantes, cebolinha bem tostada e um negrão bem forte, preto
NEM TODOS OS HOMENS SÃO IGUAIS Ildo Meyer Médico e Filósofo Clínico Porto Alegre/RS Nos próximos dias vai começar a Copa do Mundo de futebol. O Brasil costuma parar na hora em que a seleção entra em campo, e dependendo do resultado, permanece paralisado ou deslancha em carnaval. Já faz parte de nossa cultura. Quanto mais o Brasil avança na competição, mais os nervos do povo torcedor vão ficando exaltados, até o dia da grande final, quando acontece a catarse. Isto me fez lembrar a história de Gabriel e Sandra, um casal de amigos que economizou dinheiro durante dois anos para assistir a Copa do Mundo na Alemanha em 2006. Não são fanáticos por futebol, mas acharam que seria uma experiência interessante, pois além do turismo, poderiam conviver com uma diversidade cultural e quem sabe até ver a seleção se tornar hexa campeã mundial. Planejaram todos os detalhes: reservaram hotéis, passeios, restaurantes e também compraram antecipadamente ingressos para todos os jogos do Brasil, i

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