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Visões Idalina Krause Filósofa Clínica Porto Alegre/RS Abertura, vão, caminho, acesso, cilada, anexo ecológico, outra dimensão, porta falsa, liberdade, rito de passagem, trecho, cenário, terror, verde paragem, fim, encontrar Alice, incógnita vita, labirinto, prisão, campina, entrada, esconderijo, saída, perdição, antes e depois, natura, casa de Hera...
S @ b e d o r i @ Ildo Meyer Médico e Filósofo Clínico Porto Alegre/RS Estamos na era da informação. Ao menos é o que dizem. Em termos práticos, o que isto significa? Temos a possibilidade de saber tudo sobre tudo e sobre todos. O homem sempre quis estar no controle e para isto precisava de informações. O máximo possível. Quanto mais dados, mais poder. Melhor ainda se estes dados fossem obtidos de forma automática e instantânea. Isto se tornou possível graças ao desenvolvimento de uma ciência, a informática, que estuda o processamento automático da informação através dos computadores. Na sequência surgiu a internet, um aglomerado mundial de computadores interligados em rede, que permite o acesso às informações e a transferência de dados, transformando-se rapidamente em uma ferramenta de busca. Basta você digitar uma ou mais palavras chave, e em alguns segundos terá a sua disposição um infinito de informações. A internet virou um hábito e praticamente acabou com as fronteiras
Poetando com Mário Quintana Márcio José de Andrade Filósofo Clínico Campinas/SP Parafraseando Brecht, há pessoas que passam pelas nossas vidas e são boas, outras são muito boas e outras melhores ainda, mas há inesquecíveis pessoas, tanto que estas não passam, ficam. Assim foi com Mário Quintana. Já conhecia o poeta de uma publicação feita pelo governo gaúcho, mas não havia ele me despertado o interesse por sua escrita, não naquele momento. Tempos depois, já desperto, recebi uma poesia dele, sobre o amor ter que se dito de forma silenciosa, quase imperceptível... Fazendo jus ao título do poema, ele me chegou em forma de bilhete, talvez fosse um alerta, ou uma ameaça: “não falo que amo, mas quero que me ames” ou um simples despertar para o outro, neste caso a outra. Que para o azar de quem me presenteava, só hoje, quando escrevo essas palavras é que percebo seu intento, e nessa brincadeira lá se vão uns 15 anos... BILHETE Se tu me amas, ama-me baixinho Não o grites de cim
Qual o lugar da Filosofia Clínica num mundo em veloz mudança? Célia Costa Ferreira Filósofa Clínica Teresina/PI Faço da janela, junto a qual estou sentada, a moldura para a paisagem que se organiza aos meus olhos, com palmeiras diversas, carregadas de frutos, ciprestes, quaresmeiras e arbustos com flores amarelas, alaranjadas; faveiras. Tudo isto tendo como fundo algumas montanhas de Petrópolis, para onde vim, fugindo da folia destes dias carnavalescos. Aqui o verde predomina e o silencio é quebrado pelo chilrear dos pássaros ao longe. Bem no alto, nuvens brancas se deslocam no anil do céu. Um pássaro pousa no galho seco de uma árvore, viva, em renovação. Este é um lugar da Filosofia no mundo em veloz mudança? Tudo parece parado. Aparentemente está, entretanto apenas a velocidade do movimento da vida está reduzida, permitindo-nos usufruir do momento para refletir. Fazendo uma análise mais acurada vamos verificar que a velocidade no microcosmo deste ecossistema é igual ou
Desejo Lúcio Packter Pensador da Filosofia Clínica Durante seis meses acompanhei Adhelia, uma mulher de quase quarenta anos, quase dois filhos, quase dois casamentos. Ela se definia assim. Ainda que no início ela estivesse confusa quanto a uma gama de fenômenos que lhe habitavam, sua confusão se aprofundou quando chegou à conclusão de que não desejava estar bem em algo, não desejava possuir uma nova casa (como afinal acabou desejando e tendo), não desejava que o filho menor resolvesse o problema com os dentes, não desejava as coisas para de algum modo ter essas coisas. Adhelia encontrou algo em si mesma que lhe chamou a atenção: ela desejava pelo próprio gosto de desejar. “Eu gosto de sentir dentro de mim a sensação de querer algo. É estimulante viver em mim quando surge o movimento de desejar. Não interessa o que estou desejando. Interessa somente o desejo. O desejar.” – disse-me ela mais de uma vez, em mais de um modo. Semelhante a alguém que aprecia ler, mais do que o co

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