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O mundo dos outros Hélio Strassburger Filósofo Clínico É comum não se dar conta dalgum refúgio amistoso, um lugar agradável para se viver. Em muitos casos só bem depois de ter partido é que se consegue algum vislumbre sobre a arqueologia dos escombros. O esboço sobre as recorrências do acaso tenta perseguir aquilo que ficou pelo caminho. Até parece querer traduzir rascunhos sobre as recordações da noite. A aventura criativa da página vazia aponta buscas pelo inusitado aprendiz. A lógica das vontades interditadas não reconhece a luz do dia como única verdade. Os devaneios e as paixões, no entanto, não querem subverter o conforto da vida como ela é. Propõe deixar tudo como está e ser contraponto aos discursos apreciáveis. O ir e vir por essas poéticas do silêncio revela um andarilho dos contornos. Quase indizível a se oferecer num rumo indefinido. Interação com fenômenos nem sempre traduzíveis pela palavra conhecida. Nesse contato sutil da idéia com a realidade
Fragmentos filosóficos delirantes XVII* "Os dispositivos de produção de subjetividade podem existir em escala de megalópoles assim como em escala dos jogos de linguagem de um indivíduo. Para apreender os recursos íntimos dessa produção - essas rupturas de sentido autofundadoras de existência -, a poesia, atualmente, talvez tenha mais a nos ensinar do que as ciências econômicas, as ciências humanas e a psicanálise reunidas!" "(...) cabe-nos redescobrir uma forma de ser do ser, antes, depois, aqui e em toda parte, sem ser entretanto idêntico a si mesmo; um ser processual, polifônico, singularizável, de texturas infinitamente complexificáveis, ao sabor das velocidades infinitas que animam suas composições virtuais." "Uma pessoa que, há semanas, me repetia sempre as mesmas coisas, executa algo na cena da análise que transforma todas as suas coordenadas, suas referências, e engendra novas linhas de possível." "A existência de estases caósmicas não
Fragmentos filosóficos delirantes XVI* "Ora, a sabedoria outra coisa não é que essa simplicidade de viver. Se é preciso filosofar, é para redescobrir essa simplicidade." "Não há pergunta, e é por isso que a resposta é sim: é o próprio mundo. Os mistérios estão em nós, em nós os problemas e as perguntas. O mundo é simples porque é a única resposta às perguntas que ele não se faz: simples como a rosa ou o silêncio." "A palavra só me interessa quando é o contrário de uma proteção: um risco, uma abertura, uma confissão, uma confidência. Gosto de que falem como quem se despe, não para se mostrar, como crêem os exibicionistas, mas para parar de se esconder." "A vida verdadeira é quase sempre uma ressurreição." "Mais solidão também é mais liberdade, possibilidades, imprevisto. Numa grande cidade, ninguém conhece você, e isso diz a verdade da sociedade e do mundo: a indiferença, a justaposição dos egoísmos, o acaso dos encontros, o milagre
Convite especial: Amanhã tem Mônica Aiub em Juiz de Fora! Convidamos os colegas, alunos e demais interessados no tema Filosofia Clínica, a prestigiar o lançamento de sua última obra e as conversações sobre Filosofia Clínica e Filosofia da Mente. O evento acontece das 9hs-12hs e das 14hs-17hs na Livraria Paulus, Av. Rio Branco, 2590 - Centro de Juiz de Fora/MG. Fone: 032.3215-2160. Um abraço fraterno, Coordenação
Ao sabor das marés Idalina Krause Filósofa Clínica Porto Alegre/RS Minha intenção é dizer, que não tive a intenção. Com que facilidade se rasgam os bons dias! Tua estratégia de uma pseudosignificação equivocada te condena. Tuas palavras frias vem de tua alma decrepta. Um dia por mais que tudo se esconda o mar traz a superficie os cadáveres podres, malcheiro em praias paradisíacas. Urubus fazem ronda e limpeza, tudo volta a brilhar ao sol na intenção de vida nova. Com o tempo ao sabor das marés, aprendemos a distinguir boas ondas que batem em nossa enseada.
Dédalo Beto Colombo Filósofo Clínico Criciúma/SC Talvez você nunca ouviu falar nada ou quase nada sobre Dédalo. E se eu colocasse o nome do artigo de Ícaro, tenho a impressão que mais pessoas conheceriam o assunto. Ícaro é o filho de Dédalo, um artesão famoso, patrono dos técnicos na Grécia Antiga. Dédalo colocou em seu filho Ícaro asas feitas de cera de abelhas e penas de gaivotas para que ele e seu filho pudessem fugir da Ilha de Creta e escapar do labirinto onde estava o Minotauro, aquele metade homem metade touro, e que se alimentava de carne de jovens atenienses. Dédalo foi o inventor das asas que os libertaram da ilha prisão e ao colocar as asas em seu filho Ícaro alertou, ou melhor, aconselhou “filho, voe moderadamente. Não voe alto se não o sol derreterá a cera e você cairá. Não voe muito baixo se não as ondas do mar o apanharão ou então a umidade pesará suas penas e você não chegará ao destino”. Dédalo voou moderadamente e chegou ao destino, mas viu seu filho Ícar
Agendamentos Olympia Filósofa Clínica São João del Rei/MG Montanha de Minas Mata virgem Casarão no pé da montanha Paredes branco gasto Janelas azul tempo Portas de madeira com borrões Muro de pedras e plantas Portões de ferro preto À esquerda Senzala Cacos de paredes Telhado demolido Degraus de pedra Colunas de madeira Argolas de ferro Lugar de nego fujão
Eternidade ou infinito? Sandra Veroneze Filósofa Clínica Porto Alegre/RS Vira e mexe a humanidade se ocupa de algum modismo. Uma das ondas da hora é a gestão do tempo. Nos últimos anos, distribuir adequadamente as atividades durante o dia constitui uma espécie de diferencial competitivo no trabalho e na vida. É de bom tom que o sujeito tenha tempo para o trabalho, para a família, para os amigos, para o cachorro, para a prática de algum exercício físico, para o cinema, etc, etc, etc... Existem até consultorias especializadas em ensinar como organizar melhor o tempo. As dicas são diversas. Algumas inclusive bastante óbvias, como prever imprevistos (ótimo isso) e deixar “janelas” de horário entre um compromisso e outro. Outras são mais exóticas, como realizar reuniões de pé, de forma que o cansaço físico faça o cérebro tomar decisões mais aceleradamente. Tempo é dinheiro, não é mesmo? Por mais competentes e criativos que os ‘consultores do tempo’ sejam, a ditadura do relógio

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