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Neurônios pensam? O que acontece na relação entre os neurônios na visão da Filosofia Clínica Lúcio Packter Pensador da Filosofia Clínica O que acontece nas relações entre neurônios, no modo como cada um interage com outro e com muitos outros? Podemos imaginar que se associam, que lutam por espaço e energia, que formam grupos que travarão animosidades, ambivalências, lutas com outros grupos? Há neurônios que armam competições, renúncias, que atacam e exterminam neurônios isolados? Uma resposta plausível a partir da Filosofia Clínica é que sim, isso também acontece. Mas muito provavelmente esta é uma parte entre os eventos, não a principal. Caso a investigação se aprofunde, temos alguns elementos surpreendentes que chamam e instigam a atenção. O que podemos conjecturar a respeito de neurônios que aparentemente promovem o suicídio? Ou de grupos de neurônios que promovem a associação pacífica entre redes neuronais? Haveria talvez uma política democrata de relações neuronais?
Diário de um retorno* "Eu sou como eu sou pronome pessoal intransferível do homem que iniciei na medida do possível." Torquato Neto Diante de circunstâncias desfavoráveis à busca pré-estabelecida, a expressividade pode se ocultar esperando o momento oportuno para seu regresso. Aguardando esse instante encontram-se homens e mulheres escondidos em si mesmos, construindo uma historicidade de aparência. O brilho existencial, inerente daqueles que transmitem o bem estar de suas vivências, se confunde com reflexos internos tentando disfarçar suas faces cansadas e sem esperança. Alguns, de tão afastados de sua originalidade, perderam-se pelo caminho, e as possibilidades de volta não são mais consideradas. Outros, sustentados por suas buscas e valores, seguem confiantes nas possibilidades oriundas da dialética existencial. Esses desacordos são singulares. Cada história de vida apresentará seu roteiro. Nas convivências autoritárias é comum se encontrar indivíduos vive
Fragmentos filosóficos delirantes XXVII* "Sempre subindo a ladeira do nada, Topar em pedras que nada revelam. Levar às costas o fardo do ser E ter certeza que não vai ser pago. Sentir prazeres, dores, sentir medo, Nada entender, querer saber tudo. Cantar com voz bonita prá cachorro, Não ver "PERIGO" e afundar no caos. Fumar, beber, amar, dormir sem sono, Observar as horas impiedosas Que passam carregando um bom pedaço da vida, sem dar satisfações. Amar o amargo e sonhar com doçuras Saber que retornar não é possível Sentir que um dia vai sentir saudades Da ladeira, do fardo, das pedradas. Por fim, de um só salto, Transpor de vez o paredão." "Escute, meu chapa: um poeta não se faz com versos. É o risco, é estar sempre a perigo sem medo, é inventar o perigo e estar sempre recriando dificuldades pelo menos maiores, é destruir a linguagem e explodir com ela (…). Quem não se arrisca não pode berrar." *Torquato Neto 1944-1972
Fragmentos filosóficos delirantes XXVI* "Ninguém é igual a ninguém. Todo ser humano é um estranho ímpar." "Amor é bicho instruído Olha: o amor pulou o muro o amor subiu na árvore em tempo de se estrepar. Pronto, o amor se estrepou. Daqui estou vendo o sangue que escorre do corpo andrógino. Essa ferida, meu bem às vezes não sara nunca às vezes sara amanhã." "Cuidado por onde andas, que é sobre os meus sonhos que caminhas." "O problema não é inventar. É ser inventado hora após hora E nunca ficar pronta Nossa edição convincente." "A loucura é diagnosticada pelos sãos, que não se submetem a diagnóstico. Há um limite em que a razão deixa de ser razão, e a loucura ainda é razoável. Somos lúcidos na medida em que perdemos a riqueza da imaginação." "Já não quero dicionários consultados em vão. Quero só a palavra que nunca estará neles nem se pode inventar. Que resumiria o mundo e o substituiria." "
A vida não tem Control Z Sandra Veroneze Filósofa Clínica Porto Alegre/RS Nos programas de computador existe um comando chamado ‘desfazer’. Ele pode ser acionado pressionando-se a tecla Control, seguida da letra Z. Trata-se de um importante recurso para quando cometemos pequenos erros, digitando textos ou preenchendo planilhas, por exemplo. É como pisar numa poça de lama e tirar o pé, sem nos sujarmos. A vida não tem Control Z. Adequado, ou não, o que está feito está feito. Por mais que às vezes possamos desejar, é impossível voltar no tempo para mudarmos a rota. No máximo nos é dado tentar um conserto, mas nem sempre a emenda resolve (às vezes até piora!). Por ignorância, descuido, ou impulso, quantas vezes agimos de forma equivocada, sem pensar, sem medir pós e contras, e logo em seguida nos arrependemos? Pequenos deslizes resultam em brigas, preocupações, desentendimentos que poderiam ser evitados, caso fosse viável um Control Z na realidade! Claro que um mundo sem dor
Renascimento Beto Colombo Filósofo Clínico Criciúma/SC Pablo Neruda, poeta chileno, diz que morre lentamente quem não lê, quem não viaja, quem não houve música, quem não acha graça em si mesmo, quem destrói seu amor próprio, quem não se deixa ajudar... Se você está lendo este artigo, logo você gosta de ler. Meu singelo pedido é que você leia para alguém que não tenha o hábito da leitura, aí então você provavelmente estará ajudando o despertar e colocando em prática o dizer de Pablo Neruda. “Morre lentamente quem não lê, quem não se deixa ajudar...” O mestre Jesus Cristo diz que “a semente tem que cair na terra, morrer para depois renascer”. Ele estava falando dele mesmo, da sua paixão, de sua morte e, acredito, do nascimento do Cristianismo. Algumas pessoas são como mortos vivos, apenas respiram, comem e caminham, mas não sabem eles que “estão mortos”. Não sentem mais o gosto da comida, da bebida, não gostam do canto dos pássaros, não percebem a beleza das flores, não sentem
Nas entrelinhas Rosângela Rossi Psicoterapeuta e Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG Um suspiro, nas entre linhas do meu texto. Olhar vagando a espera da nova idéia. Entre o consciente e inconsciente, Eu e minha obra. Em suspenso o delírio alucinado do porvir. Talvez um café ou Coca Cola para me despertar. Segundos a olhar a tecla do laptop. Tempo fugit no carp diem. Nem para frente,nem para atrás. Intervalo da alma a conspirar. Nem o coração bate igual. É o mistério querendo se revelar, Ou desvelar nas tramas invisíveis do meu cordel. Ponto ou vírgula. Espaço que pode ser um nada. Relógio parado, luz desligada. Nas entre linhas um universo pulsante a esperar.
O orgasmo é meu. E daí? Jussara Haddad Filósofa Clínica Rio de Janeiro/RJ Para mim e para vários outros especialistas, a qualidade de um orgasmo está diretamente ligada à vontade que cada um tem de senti-lo. É óbvio que fatores externos, como um parceiro inábil pode influenciar na qualidade do prazer, contudo se você estiver a fim mesmo, ninguém te segura. Você diz: pega ali, aperta aqui, não para não e se a pessoa for atenciosa, acaba tudo bem. E esta regra costuma se aplicar bem mais às mulheres que aos homens. Muitas mulheres entendem o orgasmo ou a forma como ele acontece como um alvo inatingível ou inerente a milhares de condições, tendo, entre elas, a pouca habilidade do parceiro em fazer com que elas cheguem lá. Vibrador com pilha fraca também dificulta o trabalho, mas o orgasmo é seu e só quem pode fazer acontecer de verdade, é você. O fato é que, hoje em dia, o orgasmo virou uma obrigação moral. Ou imoral, melhor dizendo, que visa atender aos conceitos sem sentido q

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