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VOCÊS SÃO RIDÍCULOS* "Em qualquer tipo de civilização, cada costume, objeto material, idéia ou crença, satisfaz alguma função vital" B. Malinowski Antropólogo polonês. Vou tentar validar esta proposta analisando o casamento. Será que alguns costumes realmente foram criados visando contemplar a função do acasalamento? A virgindade pode servir de exemplo. Na antiguidade não existia a pílula anticoncepcional, as mulheres mal conheciam seu corpo, não sabiam o que era orgasmo e o resultado de uma noite de sexo tinha grandes chances de terminar em gravidez. A mulher que sonhasse em ter seu príncipe encantado, deveria se manter virgem para evitar filhos indesejados antes do casamento. Além disso, os homens eram educados para ter uma mulher em casa e quantas quisessem na rua, enquant
Escrever pra quê? Cantar pra quê? Viver pra quê? Sandra Veroneze Filósofa Clínica Porto Alegre/RS A paixão pela música latino-americana me acompanha já faz algum tempo e uma das vozes que mais aprecio é da argentina Mercedes Sosa. Nas últimas semanas, tenho me embriagado ao som de “Solo le Pido a Dios”, que me arrepia toda vez que ouço o verso em que pede a Deus para que a morte não a encontre vazia e só, sem ter realizado o suficiente. É canção para visionários, sonhadores e idealistas, que se soma uma capa dos discos da Mercedes em que ela afirma: “Io no canto por cantar”, sugerindo a existência de um propósito maior em seu trabalho. Arte engajada é o nome que se dá a este fenômeno e está presente na música, na pintura e, também, na literatura. Existem os artistas que querem mostrar seu trabalho, extravasar e tocar emoções, manifestar seu eu interior, deixar sua veia artística livre e solta, sem classificações, sem amarras, sem causa que não a própria arte, em si. Exis
Cactos Idalina Krause Filósofa Clínica Porto Alegre/RS Horizontes que não visitei Arde sol na pele Terra batida Passos sonhados Pajé me espreita nas pedrarias Cactos replantados Círculo mágico Axés de obediência Gea de cantos e mudas Chuva fina regando tardes Apagar de dias Espera de lua minguante Ventos de todos os cardeais Rondam festa de estrelas Topo do mundo Varanda encantada...
VIDA Olympia Filósofa Clínica São João del Rei/MG MENINO NEGRO/FACÃO/MORTE ADOÇÃO/MÃE BRANCA/ABANDONO ACOLHIDO/MÃE/ELZA CÓ JEQUITINHONHA/BARRO/BRINCADEIRA COTIDIANO/RURAL/URBANO VOZ/MÚSICA/POESIA MOVIMENTO/COR/SERENO OLHAR/DISTANTE/BRILHO LÉO/BATISTA/ARTISTA
Aventuras do olhar* “O devaneio nos dá o mundo de uma alma, que uma imagem poética testemunha uma alma que descobre o seu mundo, o mundo onde ela gostaria de viver, onde ela é digna de viver.” Gaston Bachelard As interseções entre um vislumbre e outro podem mudar a vida. Alterar desfechos tidos como inevitáveis, prenunciar novidades, dialogar com a utopia em frente aos olhos. Inventar aquilo que se procurava apenas no mundo estabelecido. Compartilhar perspectivas, sensações, devaneios. Acreditar ser possível sonhar e realizar. Existem circunstâncias a iludir o real com sua atração irresistível. Vontades excessivas e ao alcance da mão. Atenção a se re-voltar para longe do extraordinário agora, em moldes refugiados na própria sombra. Ao notar que isso também pode ficar em uma zona intermediária, entre ver e não ver, um esboço persegue apontamentos sobre o refém da sua desconsideração. Ao ser possível acessar outras verdades pelo foco das ilusões (de ótica), outras realidades
Fragmentos filosóficos delirantes XXXIII* "Eu amo Aquele que caminha Antes do meu passo É Deus e resiste. Eu amo a minha morada A Terra triste. É sofrida e finita E sobrevive. Eu amo o Homem-luz Que há em mim. É poeira e paixão E acredita. E recriaste a Poesia Na minha Casa." "Vida da minha alma: Um dia nossas sombras Serão lagos, águas Beirando antiqüíssimos telhados. De argila e luz Fosforescentes, magos, Um tempo no depois Seremos um só corpo adolescente. Eu estarei em ti Transfixiada. Em mim Teu corpo. Duas almas Nômades, perenes Texturadas de mútua sedução." "Aflição de ser eu e não ser outra. Aflição de não ser, amor, aquela Que muitas filhas te deu, casou donzela E à noite se prepara e se adivinha Objeto de amor, atenta e bela. Aflição de não ser a grande ilha Que te retém e não te desespera. Aflição de ser água em meio à terra E ter a face conturbada e móvel. E a um só tempo múltipla e imóvel Não saber se
Fragmentos filosóficos delirantes XXXII* TRADUZIR-SE "Uma parte de mim é todo mundo: outra parte é ninguém: fundo sem fundo. Uma parte de mim é multidão: outra parte estranheza e solidão. Uma parte de mim pesa, pondera: outra parte delira. Uma parte de mim alomoça e janta: outra parte se espanta. Uma parte de mim é permanente: outra parte se sabe de repente. Uma parte de mim é só vertigem: outra parte, linguagem. Traduzir uma parte na outra parte _ que é uma questão de vida ou morte _ será arte?" SUBVERSIVA "A poesia quando chega não respeita nada. Nem pai nem mãe. Quando ela chega de qualquer de seus abismos desconhece o Estado e a Sociedade Civil infringe o Código de Águas relincha como puta nova em frente ao Palácio da Alvorada. E só depois reconsidera: beija nos olhos os que ganham mal embala no colo os que têm sede de felicidade e de justiça E promete incendiar o país" *Ferreira Gullar
DAR SENTIDO AO ACORDAR Ildo Meyer Médico e Filósofo Clínico Porto Alegre/RS Você não dormiu direito. Pode ter sido insônia, um filho doente, uma festa que se prolongou ou um projeto a ser finalizado. O fato é que seu corpo não descansou, o sono não foi reparador e você tem um compromisso agendado. Qual sua estratégia para pular da cama cedo pela manhã e ir trabalhar, estudar ou cuidar da saúde praticando exercícios? O bom e velho despertador ainda é um dos métodos mais utilizados, mas infelizmente é muito primitivo. . Você já deve ter tido a experiência desagradável de estar deitado, tentando ainda desesperadamente recuperar o sono e de repente aquele susto. Um barulho tão incômodo invadindo seus ouvidos que a freqüência cardíaca aumenta, a respiração fica ofegante e o corpo molhado de suor. Envolto por tal perturbação você instintivamente levanta e desliga aquele som. O dia já iniciou, o calendário mudou, porém você ainda não teve o tempo necessário para sair do ontem. Mais

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