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Vida nova Sandra Veroneze Jornalista e Filósofa Clínica Porto Alegre/RS Os primeiros dias da primavera estão aí e com eles um clima todo especial de renovação, vida nova. São as flores que nascem, os ventos que se espalham e pra mim, que faço aniversário em outubro, o convite é duplo para que de fato se inicie um novo ciclo. Setembro, portanto, costuma ser um mês diferenciado, por um lado com energia pulsante, direcionada para a vontade de empreender e realizar. Os sonhos gestados ao longo do último ciclo começam a tomar forma numa planilha de planejamento, programação, e os cenários que se desenham também desenham o sorriso nos lábios. Por outro lado, setembro é portanto e igualmente um mês de limpar gavetas, mente e coração. Jogam-se fora objetos, emoções, sentimentos e planos mortos. Às vezes até pessoas cujo prazo de validade já venceu, por mais duro que isso possa parecer. Humanos que somos, precisamos desses ritos de passagem, e como é bom respeitá-los, vivê-los. É u
Quem não gosta de Sexo? Rosangela Rossi Psicoterapeuta e Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG Esta é uma pergunta que não se faz. Pois, por incrível que possa parecer tem muita gente que preferiria que sexo não existisse. Isto mesmo. Cada vez mais tem gente que confessa não gostar, nem querer sentir o prazer da vida sexual. Qual o motivo disso, se sexo é sinônimo de vida plena? Acontece que por desconhecimento, por idéias equivocadas, por experiências mal vividas, o sexo foi colocado na gaveta da alma e trancado a sete chaves no armário do coração. Muita gente finge que sabe muito sobre sexo, mas na realidade, sexo ainda é tabu, em plena era da dita liberação. O sexo continua sendo um enigma a ser desvendado. A repressão e a liberação, fora do tempo certo, são as primeiras causas do desprazer. De tanto ouvir: - Cuidado, não sinta, não toque, não goze, é pecado..... O corpo foi encouraçando, fechando, travando, negando a vida. E este corpo da culpa e do medo rejeita o instinto
O Eterno Recomeço Beto Colombo Filósofo Clínico, Coordenador da Filosofia Clínica na UNESC Criciúma/SC De 11 a 18 de junho fiz uma aventura que gostaria de ter feito há anos: o caminho de volta a ilha de Santa Catarina. Juntamente com mais 19 peregrinos, iniciei na praça XV, em Florianópolis, exatamente embaixo da centenária figueira, e retornei no mesmo ponto, oito dias depois. Antes de retornar à figueira, caminhei 182 quilômetros percorridos em ruas asfaltadas, ruelas apertadas e até trilhas milenares estreitas. A cada passo uma surpresa, a cada morro um deslumbre, a cada subida uma expectativa, a cada descida um encontro. Durante estes oito dias, me embrenhei nas matas quase que intocadas da ilha, conheci regiões inóspitas que sequer têm energia elétrica. Existem cantos da ilha que parece que o mundo não parou, mas ainda anda lentamente, num ritmo natural. Mas em meu artigo de hoje, quero me ater a grande e bonita metáfora da partida e da chegada. Sim, pois na caminha
GENTE ajudando GENTE Jane Difini Kopzinski Fisioterapeuta, Quiropraxista, Filósofa Clínica Porto Alegre/RS "¨É possível creditar-lhe a inspiração da vida ao seu redor, embora também ela seja refém de origens desconhecidas. Sendo uma versão sempre outra, se institui transgressora aos frascos que tentam lhe aprisionar, assim apodrece para se reinventar e voltar como água nova." Hélio Strassburger Como pode alguém rotular GENTE , singular e particular em suas experiências de vida? Momentos de observações vividas, no Hospital Psiquiátrico em Porto alegre, com os partilhantes e o filosofo clinico, são de uma experiência que, em termos de aprendizado e reflexão sobre o ser, nos fazem refletir. A particularidade do mundo criado por cada partilhante , onde a verdade é de quem a cria. Quantas realidades em apenas um só ser. A capacidade de autogenia. Alguns deixam transparecer suas principais EPs no momento, já outros, pela sua linguagem, assustados com a dor que per
Introdução ao Vice-Conceito Bruno Packter Filósofo Clínico Florianópolis/SC Vice Conceito, segundo Lúcio Packter, é um procedimento clínico que diz respeito aos conceitos que se substituem. Na Filosofia Clínica, Vice Conceito é a mediação dos símbolos na malha intelectiva por construção, derivação e associação, de maneira que a pessoa possa lidar com aspectos de sua vida. Na obra A Filosofia das Formas Simbólicas, o filósofo Ernst Cassirer tem como objetivo mostrar como o homem constrói um mundo sobre o qual se destacam objetos e nexos entre esses objetos. Nesse sentido, sua busca se dá pelos modos da “função simbólica”, ou seja, com tudo aquilo por meio do que o homem se destaca da diversidade das aparências sensíveis para enchê-la de sentido através de um ponto de vista unificador – a linguagem, o mito, a percepção e o conceito. Para Cassirer, portanto, de fato o homem é um ser simbólico, pois suas relações podem ser pontuadas por símbolos. Mas, na concepção da clínica f
Espelhos Rosemiro A. Sefstrom Filósofo Clínico Criciúma/SC Vamos comentar acerca de uma das perguntas mais fáceis de serem feitas, mas nem tão fáceis de serem respondidas. Pergunte-se a você mesmo: Quem sou eu? Independente da resposta que você elaborar, você estará trabalhando o princípio de identidade, ou seja, o que identifica e diferencia você de outras pessoas. Mas para que você possa se identificar e se diferenciar das outras pessoas é necessário um caractere de identidade. Esse caractere pode ser chamado de espelho, ou seja, um conjunto de condições que permite que você se veja e possa se identificar em meio às outras pessoas. E agora, qual seria o espelho no qual você se olha? Para ilustrar a situação, imagine uma menina com uns quinze anos de idade que usa como espelho os outros. Neste caso, ela será para ela mesma o que os outros disserem dela. Se os outros disserem que ela é feia, burra e pobre, muito provavelmente é assim que ela se verá. Pessoas como esta menina

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