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Fragmentos filosóficos delirantes LXXXIX* "A vida imita a arte muito mais do que a arte imita a vida. Os gregos adivinharam esta verdade com aquele maravilhoso instinto artístico que tinham, e colocavam no quarto da noiva as estátuas de Hermes ou de Apolo, para que ela parisse filhos tão lindos quanto as obras de arte que podia ver nos momentos de êxtase e nos momentos de angústia." "O caminho do paradoxo é o caminho da verdade. Para pôr à prova a realidade é preciso vê-la andar na orda bamba. Só quando as verdades tornam-se acrobatas podemos julgar o valor delas." "Aquela dama estava usando arrebique demais, ontem à noite, e roupa de menos. Isto sempre é sinal de desespero numa mulher." "O artista ignora as simpatias éticas. Para o artista uma predileção ética representa uma imperdoável falta de estilo." "Quanto a acreditar, estou pronto a acreditar em tudo aquilo que é inacreditável." "Os amantes fiéis só conhecem o
Entre o Sagrado e o Profano não sobra lugar para promiscuidade. Jussara Haddad Terapeuta sexual, Filosofa Clínica Juiz de Fora/Rio de Janeiro Em tempos onde a Filosofia e a busca por sabedoria estão em alta, onde as religiões começam a ser respeitadas ou conscientemente desprezadas em seus pontos de vista, ouve-se muito falar de questões mais elevadas que envolvem a sexualidade humana. Muitas dúvidas sobre o comportamento sexual estão latentes e buscam esclarecimento para o que pode ou não comprometer nossa dignidade e nossa evolução moral, intelectual e espiritual. Bom isso não é? Elevação através de uma preocupação com o que se faz com o corpo e com a alma perante a necessidade carnal e energética de fazer sexo? Preocupação e lembrança de sermos bem mais que animaizinhos seguidores de seus instintos o que em uma visão muito errônea se baseiam algumas pessoas para praticarem sexo sem “pé e nem cabeça”. Os animaizinhos ainda são melhores que nós neste sentido. Pois é, finalm
Amar sempre amar Rosângela Rossi Psicoterapeuta, Filosofa Clínica, Escritora Juiz de Fora/MG Falar de amor em tempo de mutação e transição é um convite a imaginar com o coração,onde a poética do existir nos leva a um "fazer a alma", um cuidar do outro. A alma é múltipla e plural, politeísta, pois representa o Olimpo inteiro em nós. Alma é nossa totalidade psíquica. Logo, alma é amor, amor é alma. A alma transita por nossa existência abrindo às possibilidades infinitas. Sem alma o amor não circula, sem amor a alma fica nos pantanais. Falar de amor talvez seja fácil, mas viver o amor é difícil. Pois, para viver o amor precisamos encontrar nossa alma e dialogar com os deuses em nós. Até o amor chegar.... Que haja caminhar pelo enamorar, pelas paixões alegres e no vencer as paixões tristes. A surpreendente arte de amar se faz no exercício diário, nas mínimas coisas, através dos encontros e desencontros e fundamentalmente no pensar bem. Quem pensa bem, vive b
Sociedade dos perfeitos Pe. Flávio Sobreiro Filósofo Clínico, Poeta Cambuí/MG Na sociedade dos perfeitos, ser imperfeito está fora de moda. Ao ligarmos a televisão ou acessarmos a internet encontramos protótipos de pessoas perfeitas. Seres humanos imperfeitos maquiados com aparência sagrada. Uma forte tendência dos tempos atuais é a exigência de que o outro seja perfeito. Está marca de nossa época vem disfarçada com o nome de “falta de paciência”: “Não tenho paciência com as pessoas de minha família”, “Sou extremamente impaciente com meus colegas de trabalho”, “Meus pais não são do jeito que eu quero”... Frases como estas são mais comuns do que ousamos imaginar. Exige-se a perfeição do outro a qualquer custo. Pessoas perfeitas exigem que seus irmãos e irmãs também o sejam. Caso isto não ocorra, às brigas e decepções acontecem em níveis agressivos. No tempo de Jesus não era diferente. Os fariseus, escribas e mestres da Lei, responsáveis pelo cuidado do templo e consequentem
Significados Beto Colombo Empresário, Filósofo Clínico, Coordenador da Filosofia Clínica na UNESC Criciúma/SC Aquela água da torneira clorificada torna-se benta se colocada num cântaro no altar da gruta, assim como a flor pode ser uma confissão de amor, ou até uma afirmação de saudade se jogada sobre uma sepultura. O fogo torna-se símbolo sagrado nas velas dos altares e nas piras olímpicas. Rubem Alves, no livro O Que é Religião, com sabedoria diz que há coisas que significam outras, são as coisas/símbolos. “Uma aliança significa casamento; uma cédula significa um valor; uma afirmação significa um estado de coisas além dela mesma.” E se alguém simplesmente usar uma aliança na mão esquerda sem ser casado? Uma cédula pode ser falsa. Uma afirmação pode ser uma mentira. Por isso, quando nos defrontamos com as coisas que significam outras coisas é inevitável que levantemos perguntas acerca de sua verdade ou falsidade. Aquela fonte no morro, que era apenas uma bica d’água, torno

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