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Devaneios, poéticas, esquisitos_criativos I* "Estou com sono e vou acordar cedo, mas a solidão do pensamento noturno perturba minha alma, desorienta o meu mais profundo ser. Escrever tem sido a solução de compartilhar. O quê? Não importa! Quem vai ler? Pode ser ninguém, porém expurgo essa angústia existencial e crio... É só. Mais nada. Tenho necessidade de criar a todo instante que respiro. Uma alma como a minha não consegue ficar calada, talvez meu grande aprendizado seja o de me escutar. Mas o silêncio é tão barulhento quanto uma tempestade lá fora. agora vou criar nos sonhos... Neles posso até voar se quiser... Tanta insensatez deve ter uma significação, de preferencia sem punição! Não! Chega de culpas, disso acho que já me livrei. Continuarei buscando e caminhando e filosoficamente pensando. Preciso aprender a escutar-me!" *Vanessa Ribeiro. Filosofa, atriz, dançarina, estudante de filosofia clínica. Petrópolis/RJ
Divagações II Miguel Angelo Caruzo Filósofo Clínico Juiz de Fora/MG No texto Divagações I, discorri sobre o tema da limitação do conhecimento, também comentei sobre o caráter subjetivo desse conhecimento, ainda que o referencial seja o mesmo para todos os sujeitos. Agora tratarei sobre nossa relação com o todo, o mundo ou o universo. A proposta é pensar nosso lugar diante de ou em meio ao que nos rodeia e encontrar onde nos situamos e ao mesmo tempo pensar em que nos destacamos diante de tudo isso. O que nos diferencia de todos os seres vivos da Terra? Somos biologicamente constituídos dos mesmos elementos. Entre os seres de constituição simples ou complexas, seus elementos são os mesmos que estão presentes em nós. Quando deixarmos de ser, nossa constituição se desfará e se tornará parte de outras coisas. O que resta enquanto vivemos, que nos torna privilegiados? O fato de reconhecermo-nos parte desse todo. Ainda que nos julguemos superiores a tudo o que temos consciência, p
Sobre ausências e atalhos Luana Tavares Filosofa Clínica Niterói/RJ Às vezes, o olhar se distancia como se quisesse alcançar o que já não está mais ao alcance das mãos da alma. Porque sentir e tratar de ausências, num sentido que mais se refere como confirmação de uma presença, é como ter as entranhas se rasgando na tentativa desesperada de buscar uma completude que não se encontra mais lá, onde sentimentos não contaminados ainda tentam sobreviver. A ausência é a própria presença do vazio que preenche uma dimensão ainda desconhecida, ainda não descoberta. Nos vácuos deixados por quem está longe, poucos sentires consolam. Como se andanças percorridas na imensidão de um espaço ainda não desbravado se esvaíssem como brisas efêmeras e descoloridas num devaneio que, em vão, tenta se justificar. Em função de um desejo, trilhamos estradas na intenção de um porvir, de uma esperança que insiste em não se esvair. Não se esvai porque, para muitos, deixar partir também é demonstrar afeto,
Pela primeira vez professora Débora Perroni Professora de Filosofia, estudante de Filosofia Clínica Porto Alegre/RS Hoje, 22 de março de 2012 eu me senti pela primeira vez professora! Não foi quando fiz o meu primeiro estágio (ocasião em que descobri a minha vocação), ou quando apresentei o meu trabalho de conclusão, nem quando vesti a toga e recebi o meu diploma. Hoje eu me dei conta do poder que tenho em minhas mãos, hoje eu sei o valor do meu conhecimento. Não foi à toa que dois políticos de partidos opostos vieram pedir o meu apoio, eles já haviam percebido o que eu nem sequer sonhava. De alguns de meus professores eu tirei lições para a vida toda, me dá saudade do convívio com pessoas tão especiais que puderam ver em mim um investimento e é assim que eu vejo os meus alunos. É neles que eu deposito a minha confiança em um mundo melhor. Pode dizer: é utópico, sim! Mas no sentido positivo da palavra, de algo que ainda não existe, mas que é possível! Realmente me cansa ve
Traidor ou traído Rosângela Rossi Psicoterapeuta, Filosofa Clínica, Escritora Juiz de Fora/MG Acontece assim... De quem menos se espera. Pode acontecer todos os dias, em qualquer esquina. Você se entrega, confia, se doa e... Ao virar as costas, a traição. Mas, não pense que a culpa é do traidor. Seria fácil julgar quem traiu, se... O traído não tivesse elegido a traição. Isto mesmo! O traidor pode ser vítima de um jogo invisível. Traidor e traído jogam os enigmas das sombras. Projeção do insondável e imponderável mal vivido de ambos. Quem é o culpado? Quem é o responsável? Quem se aventura a ser juiz deste jogo por vezes singular. O traído sutilmente vai colocando as pedras de suas insatisfações No tabuleiro da existência complexa e cheia de surpresas. E sua vítima, colocada entre parênteses, se submete sem pensar Em múltiplas tramas emocionais. Ao se tornar traidor, colocado no altar de culpado, Liberta o jogador para voar para novos ares. Nelson Rodrigu
Fragmentos filosóficos delirantes XCII* "Um poema não tem moral; a obra de arte não tem moral. Não ensina qualquer lição específica, nem dá qualquer conselho específico." "O mesmo poema é lido por várias pessoas, e cada uma delas faz dele o "seu" poema." "As relações internas que o tornam belo para quem o vê precisam ser descobertas e, de certa forma, atribuídas pelo admirador." "(...) a história é feita por fanáticos. As pessoas de mentalidade aberta e generosa fazem ciência, poesia ou outra arte produzida pela imaginação. Mas é preciso decidir, quem quer fazer história deve ser como Stalin e Hitler." "(...) a obra de arte nos ensina não só o que é agir como se fôssemos outra pessoa, mas também o que é ser outra pessoa." "A obra de arte é essencialmente uma proposição incompleta, que nos é apresentada para que com ela possamos construir nossa própria generalização." "Na verdade, há muitas razões

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