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Dialogar* Sobre a Filosofia Clinica Dialogar ou não com as outras linhas Terapêuticas. Estudei por sete anos Psicologia e por questões circunstanciais, tive contato direto com a Psiquiatria, estudando e aprendendo durante 12 anos. Convivi com terapeutas do Brasil inteiro, tive uma clinica de terapia comportamental e eu mesma como paciente fiz terapia cognitiva, Gestáltica, psicanalítica até chegar na Filosofia Clinica. Com isso , acho que posso dizer alguma coisa enquanto paciente e como estudante e pesquisadora. Entendo que se tem uma linha que dialoga com as outras é a Filosofia Clinica, primeiro por ser honesta no sentido de dar o mérito de sua fundamentação a mãe de todas, ou seja a própria Filosofia, que por si só já é um oceano tão grande e recheado de conteúdos que poderíamos dela já ter múltiplas e infinitas linhas terapêuticas. Segundo porque profissionais de todas as áreas podem fazer o certificado B, que da a base teórica a clinica filosófica, porem para a prati
Phaínesthai como critério de verdade nas redes sociais* Estava a refletir sobre fenômenos nas redes sociais que mostra o quanto podemos nos equivocar, com o que se apresenta como uma verdade inconteste.Segundo o filósofo Russerl que deu um conteúdo novo a essa palavra tão antiga. O termo fenômeno, örigina-se etimologicamente do verbo grego PHAÍNESTHAI, que significa "mostra-se".Fenomêno, quer dizer:ö que se mostra em si mesmo,o que se revela. Na verdade o que vejo nas redes sociais, ainda não se aproximou do conceito grego Phaínesthai, por falta de oportunidades de leitura e reflexão, perdemos a oportunidade do conhecimento do outro SER real do outro lado de nosso laptop,viramos um emaranhado de entes passeando nas redes, postando argumentos, verdades e inverdades do outro, para deleite e degustação muitas das vezes masoquistas do outro, através dos posts e de curtidas sem explicações e justificativas. Mergulhando na caverna, visitamos a ilógica da via unica, onde to
A gente não quer só comida... A gente quer fazer amor.* Perguntamos aos internautas como andava sua satisfação em relação a sua sexualidade. Para nossa surpresa, já que, em tempos modernos, todos se declaram resolvidíssimos neste assunto, o resultado ficou entre o sofrível e o mortal. Quem não respondeu que não está satisfeito, ficou pela casa do ainda posso melhorar e os índices são altos, tanto na participação, quanto na distribuição da votação. Seguindo a lógica da experiência de consultório, já, há alguns anos, abordando corajosamente este dilema na vida das pessoas, e fundamentada em estudos sobre o comportamento da humanidade dentro deste cerne, posso desmentir, aqui agora, ainda neste parágrafo, que não tive surpresa alguma. E mais, posso pontuar algumas questões que levam as pessoas a um alto nível de insatisfação com sua sexualidade. Vamos fazer uma brincadeira? Eu cito alguns pontos, aleatoriamente, e você me envia uma mensagem, classificando por ordem de importância,
Leituras de Filosofia Clínica II* “Podemos falar aos outros somente quando participamos de suas preocupações, não por condescendência, mas nos envolvendo em seus problemas. Podemos indicar a resposta cristã apenas se, por outro lado, não formos iguais a eles. Em terceiro lugar, podemos usar essas pessoas e suas ideias para despertar os que ainda vivem numa torre de marfim. Podemos despertar nelas elementos escondidos sob respostas que pensam possuir. Tenhamos na mente essas três fases. Devemos participar sem perder nossa identidade. Deixemos de lado a complacência com os que pensam já conhecer todas as respostas, mas não percebem seus conflitos existenciais. Nossas respostas devem ter tantas formas quantas forem as questões e as situações individuais e sociais” (Paul Tillich. Teologia da Cultura, pp. 265-266). Com essas palavras o filósofo e teólogo alemão radicado nos EUA, Paul Tillich (1886-1965), mostra que as respostas cristãs devem levar em conta primeiro a questão da pessoa
Fragmentos filosóficos delirantes XCXVIII* "A própria natureza é o "médico interior" que palpita em cada criatura desde o seu nascimento e que, por isso, sabe sobre enfermidade mais do que qualquer especialista, que tem de limitar-se ao exame dos sintomas externos" "A mim me parece que a raridade desses verdadeiros mestres da alma é a razão por que a psicanálise será sempre uma vocação ao alcance de alguns e jamais poderá ser considerada um ofício e um negócio" "(...) Mary Baker se antecipa realmente à doutrina da auto-sugestão de Coué, quando diz: 'os enfermos se prejudicam a si mesmos quando dizem que estão enfermos' "Eu opino pela grande predisposição de Mary Baker para o milagre" "(...) em sua maioria ignoram-se recíprocamente e nenhum sabe de Mesmer, o desaparecido, nem Mesmer sabe dêles (..) entregues as observações, deduções, experimentam vezes e vezes os fatos revelados pelo mestre e, também por via subterrâne
11 de setembro* É um assunto meio óbvio hoje, né? Mas as conseqüências pessoais que o 11/09 me trouxe não são óbvias. 11 de setembro de 2001. Eu estava no último período da faculdade de filosofia, às voltas com minha monografia, dando aula em duas escolas. Tive aula bem cedo na UERJ. Cheguei por volta de 9h em casa e fui estudar. Meu irmão chamou logo depois: “Gustavo, caiu um avião em Nova Iorque!” Não dei muita importância, pois as estatísticas dizem que isso um dia aconteceria. Fui para a sala assistir à televisão. Diante da cena da torre do WTC em chamas, imaginei que algum louco teria lançado seu monomotor (no máximo seu jatinho particular) contra o edifício. Quando soube que era um Boeing, fiquei chocado, mas ainda achava que teria sido um acidente – mesmo quando começaram a surgir rumores de atentado terrorista. Foi quando, sentado no sofá, copo de coca-cola na mão, assisti – live – ao segundo avião. Tive a certeza de que era um atentado. Minha primeira reação fo
Construção compartilhada* Após a palestra do professor Hélio Strassburger ficou mais evidente para mim que o homem é fruto do seu meio**, pois ninguém que viva em sociedade é capaz de construir algo sozinho, as relações entre as pessoas é o que possibilita a nossa vida em sociedade e o que torna possível a evolução do ser humano. Isso não quer dizer que a pessoa não é autônoma, pelo contrário, é justamente entendendo essa relação de interdependência (alteridade) que se pode ser verdadeiramente autônomo. Mas é ingenuidade achar que se pode ser completamente independente do outro, pois você somente pode ser reconhecido como indivíduo, com toda sua singularidade, no momento em que existe o outro para legitimar a sua identidade. Ainda que seja possível a uma pessoa viver isolado de qualquer contato humano, para sua existência foi necessário haver dois outros seres humanos que o geraram (ou então alguma espécie de criador). No primeiro caso mesmo que o sujeito negue suas origens
Assim ela me parece* A Filosofia Clínica não se divorciou do mundo acadêmico, apenas escolheu dar vida aos pensamentos dos grandes filósofos. Os termos indecifráveis continuam sendo válidos e necessários. Mas a Filosofia descobriu que sem poesia, aromas e sonhos ela não conseguiria chegar a essência do ser humano. Assim nasceu o que foi gestado durante séculos por tantos filósofos e filósofas. A criança ainda está no berço... Enquanto tantas terapias tem respostas prontas e psicologizadas, a Filosofia Clínica rema contra a maré das respostas prontas e múltiplas. Ela navega pelo oceano da singularidade. Num mundo onde a certeza é o caminho que todos procuram, a Filosofia Clínica demonstra que o incerto é ponto de partida. Talvez a Filosofia Clínica não seja para todos... Assim como a Psicologia, a Física, a Matemática... não seja para todos... Porém, todas as outras ciências do saber cabem na alma da Filosofia Clínica. O rótulo foi deixado de lado, quando os Filósofos Clínico

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