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Toma lá, da cá*

Por que mulheres estão se anulando, representando serem perfeitas, mais do que são capazes? A humanidade muito teria a ganhar se dedicasse ao amor tempo e dinheiro para estudo e compreensão de como agimos na falta dele ou quando estamos abastecidos desse sentimento que plenifica, até quando nos faz sofrer. A verdade é que a ciência ainda não admita a contento, comprovação, veracidade, validade ao estudo do amor e do comportamento que abrange as questões da sexualidade e o que passa no âmbito neural, psicológico, cognitivo do homem que ama e que fica ainda, passível do que é julgado ridículo e sem importância sobre as questões consideradas relevantes para a humanidade, como armas de guerra, conforto material exagerado, beleza física a nível dos deuses. É possível que o erro ocorra exatamente aí, a meu ver. Pouco interesse em atender a essa necessidade que considero básica e pouco interesse em entender como ela se processa dentro de nós. Algumas teorias são lançadas em o

A Palavra*

Já não quero dicionários consultados em vão. Quero só a palavra que nunca estará neles nem se pode inventar. Que resumiria o mundo e o substituiria. Mais sol do que o sol, dentro da qual vivêssemos todos em comunhão, mudos, saboreando-a. *Carlos Drummond de Andrade

No início era o tempo*

E o tempo habitava o vácuo E pairava sobre o caos. Existe o tempo das chuvas Como o de hoje Onde se escondeu o sol? Existe o tempo urgente Parece não poder ser adiado Não dou procuração em branco ao tempo Para decidir meu abraço... Existe ainda o tempo Que precisa de tempo Como o tempo do luto De perdas sem volta Deito-me inteiro nos braços deste tempo Para curar o que não tem jeito.... Existe o tempo de se escrever Tempo de se ler Tempo de se rabiscar E tempo de se apagar. E tão generoso é o tempo Que nos dá tempo de se reescrever.... *José Mayer Filósofo, Livreiro, Poeta, Estudante na Casa da Filosofia Clínica Porto Alegre/RS

O Auto-Retrato*

No retrato que me faço - traço a traço - às vezes me pinto nuvem, às vezes me pinto árvore... às vezes me pinto coisas de que nem há mais lembrança... ou coisas que não existem mas que um dia existirão... e, desta lida, em que busco - pouco a pouco - minha eterna semelhança, no final, que restará? Um desenho de criança... Corrigido por um louco! *Mário Quintana

Wittgenstein*

                                                                                                    Ludwig Wittgenstein fundamenta a linguagem como abertura, ressalta inexistir um único modelo discursivo. Seu esboço de saber interminável acolhe a descrição pessoal como algo insubstituível. Um pensamento de anúncio da expressividade como o subsolo da singularidade. Os usos diferenciados dos termos agendados no intelecto encontram, na historicidade do sujeito, sua fonte de inspiração. Essa pronuncia, sob muitos aspectos, compartilha a trajetória de sua movimentação existencial. A expressividade se movimenta num viés de deslocamento na direção da autoria.     Um vocabulário assim descrito aparece como o esboço de uma forma de vida. Para compreender o significado de um discurso, é necessário saber a intenção do autor. Esse endereço existencial onde nasce e se desenvolve, constitui a pessoa como inédita. A filosofia analítica, na reflexão de Wittgenstein, se qualifica como

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