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Chuva lá fora*

Que delícia dormir e acordar com a chuva lá fora! Cheiro de mato entra pela fresta da janela. O barulho da chuva acalenta e nina. A cama fica mais fresca e a serenidade traz um bem estar natural. Na noite as luzes da rua ficam tênues, pois a neblina acende a poesia da alma e as memórias do coração. Os pingos a escorrer na vidraça são lágrimas de alegrias de tristezas. Uma leve nostalgia promove um clima retrô, vintage. O tango tocado entre velas acesas enche a taça de vinho de gozo . Na manhã a chuva convida a preguiça entre os lençóis. O café sobre a bandeja com a toalha de renda e o pão de queijo quentinho lambuzado de geleia de jabuticaba, convida ao espreguiçar do renascer e ler a revista do jornal sem pressa. Por que chove lá fora e a alma agradece a paz do amanhecer. Chuva criadeira em águas de março realmente é promessa de vida no coração. Apreciar e contemplar a natureza acende o percepcionar, os sentidos se aguçam e o viver se torna encantado. Coisas

Fragmentos Filosóficos, Delirantes*

"Segue-se que, um único sujeito, mais o objeto, chegariam para constituir o mundo considerado como representação, tão completamente como os milhões de sujeitos que existem; mas, se este único sujeito que percebe desaparecer, ao mesmo tempo, o mundo concebido como representação desaparecerá também" "Lembrando Shakespeare: 'somos feitos da matéria de que são tecidos os sonhos e a nossa vida tão curta tem por fronteira um sono'" "A peculiaridade da filosofia é que ela não pressupõe nada de conhecido, mas que, pelo contrário, tudo lhe é igualmente estranho e problemático, não só as relações dos fenômenos, mas os próprios fenômenos" "Sem dúvida, poderá alegar-se que cada um sabe o que é o mundo, sem procurar tão longe, visto que cada um é o sujeito do conhecimento e o mundo é a sua representação" "A ação do corpo é apenas o ato da vontade objetivado, isto é, visto na representação" "(...) além disso o me

Tão só desejo*

Sobre e com a costura do algodão içando calor extremo fricciono o rosado botão e a dor dói mais assim quando ao veneno das estancias do calor em solidão... Partida em sudorese e lacrimais espasmos não mais frasco de sonho ou catacrese! O que aqui dentro não mais perece parece ao longe imagético quando ao pensamento estético estático cresce... E ainda assim é você sendo em pessoa ou ensejo sendo com raiva ou prazer sendo com ou sem gracejo... Algo em mim assim escorre em rio que sim nunca morre nas torrentes da luta ou do porre perdida nos breus do desejo... *Jullie Vague Pesquisadora e Roteirista no Cine Culte Français. Musicista. Poeta. Especialista em Filosofia Clínica Curitiba/PR

Fragmentos Filosóficos, Delirantes*

"(...) o privilégio de minha perspectiva parece absoluto e minha percepção indeclinável, tal privilégio só o adquiro a título provisório: não é o de uma série 'subjetiva' reservada para mim, faço de alguma forma tudo o que de mim dependa para que o mundo vivido por mim seja acessível a outros, já que apenas me distingo como um nada que não lhe tira nada, ponho no jogo do mundo meu corpo, minhas representações, meus próprios pensamentos enquanto meus e tudo o que se chama eu só é, em princípio, oferecido ao olhar estrangeiro, se este quiser aparecer" "(...) o mundo só é nosso lugar natal porque somos, de início, como espíritos, o berço do mundo" "(...) o segredo do mundo que procuramos é preciso, necessariamente, que esteja contido em meu contato com ele. De tudo o que vivo, enquanto o vivo, tenho diante de mim o sentido, sem o que não o viveria e não posso procurar nenhuma luz concernente ao mundo a não ser interrogando, explicando minha fr

A palavra devaneio*

É incomum notar a existência de algo que restaria silenciado, não fora um olhar absorto, indeterminado. Sentir improvável de sonhar acordado. Esse lugar de refúgio a esteticidade acolhe um viajante das quimeras.    Nessa região, onde eventos sem nome rascunham invisibilidades, é possível descobrir vias de acesso de essência não epistemológica. Seu teor de matriz intuitiva, ao pluralizar versões desconsideradas, faz acordar aquilo que dormia. Ao desalojar esses fenômenos, desconstrói o aspecto irrealizável das promessas. Esses momentos reivindicam a singularidade alterada para se mostrar. Assim a pessoa, deslocando-se por esses labirintos da interseção, ao ser ela mesma, já é outra.    As estéticas do devaneio convidam ao exercício de ficção. Um desses lugares onde o inesperado atua. Inicialmente desconfortável nesse chão desconhecido, o sujeito pode vivenciar insegurança, dúvida, receio. No entanto, ao persistir as visitas por esse ambiente especulativo, pode desvendar-se e

Fragmentos Filosóficos, Delirantes*

"Reconhecer no estranho o que é próprio, familiarizar-se com ele, eis o movimento fundamental do espírito, cujo ser é apenas o retorno a si mesmo a partir do ser diferente. É por isso que toda formação teórica, mesmo o cultivo de idiomas e concepções de mundos estrangeiros, é a mera continuação de um processo de formação, que teve início bem mais cedo" "O artista livre cria sem receber encomenda. Parece que o que o caracteriza é a completa independência de seu trabalho criativo, o que, por isso, lhe confere, mesmo socialmente, as feições características de um excêntrico, cuja formas de vida não podem ser mensuradas de acordo com as massas que obedecem aos costumes públicos" "Em princípio, compreender é sempre um mover-se nesse círculo, e por isso é essencial o constante retorno do todo às partes e vice-versa. A isso se acrescenta que esse círculo está sempre se ampliando, já que o conceito do todo é relativo, e a integração em contextos cada vez ma

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